A dádiva de ser medíocre

Talvez um dos maiores medos do ser humano seja tornar-se medíocre, ainda que de maneira inconsciente somos levados a acreditar que a medianidade é algo ruim, trivial e que nos rebaixa a mais tênue incompetência.

O que não nos avisaram é que as vezes ser excelente em algo é justamente ser medíocre, é esforçar-se para estar dentro de um padrão difícil de ser alcançado e permanecer feliz por ter atingido o simples prazer de ser médio. 

Felizmente não ser bom em tudo é uma dádiva, pois revela em que de fato somos incríveis, fazendo com que nos contentamos com isso, valorizando a alegria de poder ser verdadeiramente excelente em algum ponto. 

Viver a mediocridade de cada circunstância como se fosse a mais singela excelência do nosso ser é enxergar a graça de poder ser capaz de aproveitar a nossa incapacidade, revelando o quanto nos esforçamos em transformar aquilo na mais extraordinária felicidade.