Consciência de si
O silêncio evoca emoções incomodativas que foram mantidas em completo sigilo ao ponto se tornarem desconhecidas ao seu detentor. Quando sentidas remotamente parecem monstruosas e de tão dolorosas são guardadas novamente antes de serem expressas a um conhecido desavisado. Mas ainda que acomodadas em um lugar distante acabam ecoando em cada atitude ao aguçar os traumas e te acompanhar como uma sombra.
Desconhecer a fonte de sua consciência é dar lugar a frustação de manter-se a mercê dos mesmos problemas. Não encarar o porquê de suas escolhas permite que sejas influenciado por quaisquer circunstância ou pessoa.
Reter múltiplas vozes em sua vida e não admitir o silêncio pode lhe confundir, muitas informações fornecem a ideia de compreensão de tudo, a segurança de estar a par de cada acontecimento, uma sensação de superioridade de não ser enganado. Contudo, o que adianta tanto entendimento se de fato não pensas sobre o que lê? Adianta alguma coisa armazenar tanto, moldar sua personalidade com base apenas nas opiniões alheias que lhe convém ignorando as convicções que fogem do escopo considerado por ti ideal?
Para escapar das dificuldades reais nos escoramos em discussões inúteis, colocamos a culpa em outrem, não nos responsabilizamos e fingimos sermos detentores de uma verdade real e um senso mais puro de justiça. Somos uma roda de escarnecedores que ignoram sua condição desagradável para sentir-se mais confortável.
É necessário fazer constantes exames de consciência, quem sabe assim será possível alcançar a maturidade e menos egoísmo.
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